quinta-feira, 1 de março de 2012

A História de Jonas - Verdade ou Mito?

Engolido por uma Baleia: o Jonas do Século 19

No final do século XIX, um relato surpreendente trás a tona uma possível verdade de um dos mais importantes relatos bíblicos.



Em 1891, James Bartley estava a bordo do baleeiro Star of the East em uma expedição às Ilhas Malvinas (em inglês, Falkland Islands), no Atlântico Sul.  Um vigia avistou uma imensa baleia cachalote quase novecentos metros do bombordo. E uma corrida mortal se iniciou entre o Star of the East e o gigantesco mamífero.

O jovem Bartley estava no primeiro escaler a se aproximar da presa. Eles se aproximaram por trás; e, ao ser lançado, o arpão atingiu profundamente as partes vitais do cachalote. Enquanto a baleia lutava para se libertar do arpão, Bartley e os outros remavam freneticamente para sair do alcance da barbatana caudal. A baleia soltou um jato de água antes de dar um mergulho.

Os remadores se prepararam para pular do barco e se salvarem. Sem aviso, o escaler foi lançado para cima. A baleia se debatia violentamente, mordendo os homens e os destroços, gerando uma espuma sangrenta.

Outro escaler pegou os sobreviventes, mas dois homens estavam faltando, entre eles o jovem James Bartley.
Já morta, a baleia flutuava alguns metros da embarcação. A tripulação amarrou o animal e um gancho a levou para próximo do navio. O clima quente permitiu que a baleia fosse cortada de uma só vez. Impossibilitados de levá-la para dentro da embarcação, os homens retiraram o revestimento de gordura do imenso mamífero.

Mais tarde, os cansados marinheiros removeram o estômago e lentamente o puseram dentro no convés. Eles se assustaram com um movimento no interior do saco. Alguma coisa viva e que respirava estava em seu interior. O capitão chamou o médico do navio, que fez uma incisão na carne áspera. E o marinheiro desaparecido James Bartley deslizou para fora do estômago da baleia. Ele estava vivo, mas inconsciente.
James foi banhado com água do mar para que recobrasse sua consciência. Ele balbuciava incoerentemente. 

Confinado em uma cabine por semanas e preso para que não se machucasse enquanto se debatia severamente, James foi, aos poucos, retomando os sentidos. Em um mês, ele estava apto para relatar o que havia acontecido em sua terrível experiência.

“Quando eu fui lançado para fora do barco, eu vi uma imensa boca aberta diante de mim. Eu gritei e me engasguei. Eu sentia fortes dores enquanto eu escorregava entre os dentes e para um tubo viscoso que me levou para dentro do estômago da baleia. Eu podia respirar, mas o odor quente e fétido me deixou inconsciente. E a última coisa que me lembro é que eu chutava o mais forte que podia nas paredes do estômago, até que fiquei inconsciente e só acordei agora, quase um mês depois.”


Por causa das 15 horas que ficou dentro do estômago do mamífero, Bartley perdeu todos os pelos do corpo e ficou cego para o resto da vida.  Sua pele ficou pálida, dando-lhe a aparência de que não tinha sangue, apesar de estar saudável.

James nunca mais fez uma viagem marítima e se estabeleceu como sapateiro na sua cidade natal de Gloucester, Inglaterra. Ele morreu 18 anos depois de sua aventura memorável. Em sua lápide há um pequeno relato de sua experiência no mar e uma nota final que diz:
“James Bartley – 1870-1909 – Um Jonas Moderno.”

Um homem sobreviveu 15 horas dentro de uma baleia. Jonas, um dos mais famosos personagens bíblicos, permaneceu vivo dentro de uma durante 3 dias e 3 noites. Não podemos afirmar nem tão pouco negar que essa narrativa seja verídica, mas sabemos que um homem na era moderna repetiu um dos feitos mais difíceis descritos na Bíblia. Então, uma pergunta fica no ar: se um homem pôde ficar 15 horas vivo dentro de uma baleia, será que Jonas poderia ter sobrevivido durante 3 dias?

Obs.: o relato é baseado em uma narrativa real do próprio James Bartley, tendo sido, portanto, readaptado.

Fontes:
http://www.ycaol.com/swallowed.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/James_Bartle