domingo, 19 de fevereiro de 2012

Deus criou o universo? Parte IV



Antes do Início...

Observando a natureza, vemos que tudo é regido por trabalho. Na física, o trabalho é possibilitado pela energia. A energia é, pois, indispensável não somente para a existência da vida através da evolução química, mas também para a formação de toda a matéria do universo. Voltando no tempo, vemos que existe um momento em que toda a matéria do universo estará condensada em um único ponto. Mas, segundo a física einsteiniana, a matéria é formada através de vibrações de energia. Sendo assim, existia algo antes do Big Bang que deu início a todo o processo de formação de matéria: energia. Mas que tipo de energia? Segundo Lavoisier, “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Existem muitas formas de energia no universo. Se levarmos em consideração o apotegma citado, podemos supor que todas elas sejam oriundas de uma forma de energia primitiva, primordial que estava presente no universo muito antes de sua existência.
Pense bem. Quando uma fruta está suspensa em um galho a certa distância do solo, ela adquire energia potencial gravitacional. Ao cair, essa energia, aos poucos, é convertida em energia cinética. Ao final, a energia potencial gravitacional inicial e a energia cinética final são iguais. Sendo assim, podemos supor que o somatório de toda a energia presente no universo é igual à energia primordial.

O Surgimento da Vida

A química moderna propõe uma resposta a uma das grandes questões da história da humanidade: como surgiu a vida? Por muito tempo, acreditou-se que a vida era originada de matéria não-viva (vide Abiogênese). Depois, tal teoria, através de experimentos, foi refutada e a teoria da Biogênese, que prega que a vida é originada de formas de vida pré-existentes, tornou-se a mais aceita no meio científico. Mas, segundo a química moderna, a vida pode ter de fato surgido através de uma evolução dos elementos químicos encontrados na Terra primitiva. E para que tal processo fosse possibilitado de ocorrer, era necessário a presença de energia.

Os seres vivos não temos diferenças acentuadas no que tange à composição química em relação à matéria inanimada. Podemos dizer que o que nos diferencia, nós seres humanos, de uma pedra é a nossa consciência e dos demais animais, o raciocínio.

Ao serem indagados, muitos dirão que a consciência é apenas impulsos elétricos e que o raciocínio é resultado da evolução que a raça humana sofreu durante milhões de anos. Contudo, sabe-se que a evolução é uma readaptação às diferentes condições ambientais. Por esse ponto, vemos que é ilógico pensar que somos racionais simplesmente por sermos mais evoluídos, porquanto o que faz o raciocínio ter mais valia para nós do que para os outros animais?

Muitos podem não aceitar, mas é notável que o raciocínio, a inteligência e todas as faculdades mentais não surgiram espontaneamente, mas foram concebidas por uma mente superior.

A Inteligência na Natureza...

Se você visse um robô altamente avançado, certamente pensaria “Esse robô só pode ter sido projetado por uma mente muito inteligente”. Observando a complexidade da natureza, entende-se a mesma não nasceu randomicamente, mas que ela é fruto de um projeto. Existiu, pois, antes de sua existência, um projetista.

O Espírito

Segundo a filosofia, o espírito é o conjunto das leis físicas que regem nosso sistema nervoso. Sabemos que toda a nossa mente é movida por impulsos elétricos. Por comparação, inferimos que o espírito é energia.

O Que ou Quem é Deus?

Toda obra tem autor. Se a natureza é um projeto inteligente, existiu um projetista. Por mais que a natureza trabalhe sozinha através de leis, entende-se que as leis foras concebidas por uma mente superior.
Segundo as Escrituras, Deus é espírito. Como foi dito, espírito é energia; logo, Deus é energia. Sendo assim, Deus não poderia ter sido criado. Mas, poderia ele estar sujeito às forças fundamentais da natureza? Na prática, toda a energia que entra em um buraco-negro, por exemplo, é expelida na forma de radiação. Mas, como poderia um criador ser submisso à sua criação? Certamente há uma resposta que ainda está distante; mas há uma resposta.

E certamente o único modo pelo qual O alcançamos é a fé.

E a Resposta...

Por mais que o homem estude e compreenda o universo, a brevidade da vida nos impossibilita enxergar nas entrelinhas. E na vida, a base de tudo é a fé, pois não existem verdades absolutas nem mentiras que durem 100 anos.

Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêemHebreus 11:1

O fato é que Deus não se encaixa nas lacunas das teorias científicas. Deus é o somatório de tudo que existe. É a fonte da vida e seu projetista. Se alguém me perguntar se Deus existe, a resposta é simples: sim. E por que eu acredito em Deus? Pelo simples fato de existir a vida.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Deus, Teoria M e o Multiverso


Deus, Teoria M e o Multiverso


Entendendo a Teoria das Cordas...

Toda matéria é formada por átomos, que podem se dividir em prótons, elétrons e nêutrons. Tais partículas subatômicas também podem se subdividir em quarks. A divisão atômica pode ser, pois, ad infinitum, porquanto não se sabe se a última partícula é divisível. Mediante essa questão, os cientistas elaboraram uma teoria que afirma que toda partícula é formada por energia. As partículas primordiais são, nesse caso, membranas unidimensionais que, ao vibrarem, formam as mais diversas partículas subatômicas e suas características.

Três das quatro forças fundamentais da natureza são transmitidas por partículas que interagem mutuamente. E a gravidade também pode ser transmitida por uma partícula: o gráviton.

Existem, pois, além das quatro dimensões já conhecidas – 3 espaciais (altura, largura e profundidade) e 1 temporal – outras 7 dimensões recurvadas.

Aceitando que Deus, sendo espírito, é uma energia, é possível, pois, que ele seja capaz de materializar-se; não somente Deus, mas todos os espíritos, como anjos, demônios e nossas próprias almas. Por mais estranho que isso possa soar, é possível que todo espírito seja formado por partículas e possuir massa.

Durante o sono a nossa percepção da passagem do tempo é diminuta. Podemos, pois, supor que nossa consciência, ou mais precisamente, o nosso espírito, trabalha em uma dimensão atemporal, ou em uma dimensão na qual o tempo é distorcido, semelhante ao que ocorre em um buraco negro. Deus e os nossos espíritos, pois, podem habitar em uma dimensão onde o tempo é desprezível ou inexistente.

O Multiverso

Com raízes na Cosmologia e na Mecânica Quântica, a teoria do Multiverso prega a existência de um grupo incontável de universos onde todas as probabilidades quânticas de eventos ocorrem. Tais universos são como bolhas de sabão flutuando em um espaço maior. Alguns desses universos podem inclusive estar interligados por buracos negros ou por buracos de minhoca, que seriam espécies de atalhos no espaço-tempo.



Uma das implicações dessa teoria é que o “mundo espiritual” seja um universo paralelo ao nosso e que pode estar ligado a ele por uma espécie de atalho, como os já citados buracos de minhoca. E um possível atalho para esse mundo poderia estar localizado na nossa própria mente.

Tudo isso pode parecer muito absurdo, mas uma vez que se prove que as EQMs ou mesmo as possessões demoníacas (eu acredito) são verdadeiras, abre-se uma janela para uma possível resposta da questão “Onde habita Deus?”

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_cordas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiverso_(ci%C3%AAncia)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O Paradoxo da Onipotência

O Paradoxo da Onipotência


"Se Deus é onipotente, ele teria poder para criar uma pedra que não poderia erguer. Se Deus não puder criá-la, não é onipotente; se não puder erguê-la, também não é onipotente."

Por muito tempo esse paradoxo tem sido usado para negar a onipotência de Deus. Contudo, pode existir uma resposta para tal problema.

Imagine que Deus crie uma balança de pratos. Imagine que em um dos pratos Deus materialize uma pedra tão pesada a ponto de ser praticamente impossível de ser movida. Para isso, seria necessário que seu peso tendesse ao infinito. Suponhamos agora que Deus materialize o seu poder na forma de uma outra pedra sobre o outro prato. Sendo onipotente, seus poder tente ao infinito, e assim seria o peso da segunda pedra. Logo, a balança entraria em equilíbrio.

Sendo assim, não há como Deus criar algo que transcenda a sua força uma vez que ele já é onipotente. É ilógico e impossível, por exemplo, imaginar que Deus, por ser onipotente, seria capaz de criar um ser que tivesse mais conhecimento do que ele, porquanto se Deus lhe concedeu a sabedoria, então ele já a possuía.

O paradoxo da onipotência é ilógico, pois contraria as leis naturais.
Uma força não pode sobrepujar a si mesma. Assim é com Deus.

Conclusão: a onipotência existe no âmbito das coisas possíveis.

Existem outras tentativas de resolução. Veja nos links:

Livre-Arbítrio e Onisciência Podem Coexistir?


Livre-Arbítrio e Onisciência Divina

Uma das grandes questões levantadas pelos incrédulos é: “Se Deus é onisciente, nossas escolhas são predeterminadas; logo, não há livre-arbítrio.”

A religião cristã prega um Deus onisciente e onipotente, e afirma que todos nós somos dotados de livre-arbítrio, a liberdade de escolha. Contudo, é possível que ambos coexistam?

Onisciência (do latim omnis + sciens = “conhecimento de tudo”) é ciência infinita, a capacidade de conhecer tudo, inclusive pensamentos, sentimentos, passado, presente, futuro, etc. Uma vez que se conheça o futuro, passa-se a ser questionado o direito universal de escolha, pois, se o futuro pode ser conhecido, então nossas escolhas são predeterminadas.

Mas, analisando a questão do futuro e, com base na onisciência, podemos encontrar uma resposta plausível para a questão.

Com uma observação mais aguçada, entende-se que o presente é uma simples conseqüência dos acontecimentos passados. Se um indivíduo no passado imaginasse o momento atual, esse momento – que é o nosso presente – seria o futuro para ele. Logo, o nosso presente, a cada segundo, se torna o passado de um momento posterior. Ou seja, o futuro é um tempo inexistente na prática.

Metaforicamente, podemos dizer que o tempo é um livro infinito, cujas páginas são escritas uma por uma segundo após segundo. Não há como escrever a segunda página sem que a primeira tenha sido escrita. O futuro é, pois, formado através das ações atuais, assim como o presente é formado através das ações passadas. Compare com a compreensão deste texto. Ela segue uma linha contínua. Assim é o tempo.

Todas as ações do homem são interligadas. Como Deus é conhecedor do íntimo de cada ser humano, ele deduz, como um computador que faz bilhões de cálculos por milionésimos de segundo, as conseqüências de todas as nossas ações. Uma pequena analogia pode te ajudar a compreender essa questão. A teoria do Big Crunch diz que toda a matéria do universo entrará em colapso devido à atração gravitacional. Se compararmos as nossas ações ao universo, então o futuro seria o ponto em comum.

Dessa forma, a onisciência e o livre-arbítrio podem, sim, coexistir.

Você concorda? Fique à vontade para expôr sua opinião.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O Dilúvio


O Dilúvio: verdade ou mito?

“E durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra, e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra.” Gênesis 7.17

Até hoje nunca foi encontrada uma evidência arqueologia que pudesse comprovar a existência de um dilúvio. Contudo, é possível que a narrativa estivesse se referindo a apenas um evento local.



Supondo que o dilúvio tenha ocorrido na região do Oriente Médio. Essa área corresponde a 1/331 da superfície terrestre. Se toda a água presente na atmosfera terrestre caísse nessa região, o nível da água seria de 8,44m.

Vejamos agora o seguinte versículo:
“Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos.” Gênesis 7.20
Um côvado hebreu corresponde a aproximadamente 44,7cm; logo, 15 côvados valem 6,70m, aproximadamente. A Bíblia diz que Noé, sua família e os animais encontrados na arca, desembarcaram no Monte Ararat, a maior montanha da Turquia, com mais de 5100m. Então, considerando a quantidade de água presente na atmosfera, é muito difícil ela ter alcançado este nível.

Analisando as escrituras, vemos ainda o versículo:
“Cerraram-se também as fontes do abismo e as janelas do céu, e a chuva do céu deteve-se.” Gênesis 8.2
Pois bem. A região do Médio Oriente está localizada em um encontro de placas tectônicas. Logo, é possível que parte das águas do dilúvio tenham sido provenientes de um tsunami ou alteração do caudal das fontes e poços subterrâneos causada por um abalo sísmico. Mesmo assim, é muito difícil que a quantidade de água alcança-se o nível do Monte Ararat.

Mas, recentemente, um suposto achado arqueológico pode revelar se, de fato, o dilúvio aconteceu. Cientistas em viagem ao Monte Ararat afirmaram ter encontrado uma parte da embarcação, que está cravada no gelo no topo do monte. O teste de carbono-14 revelou que a madeira tem em torno de 4 800 anos. “Não estamos 100% certos de que seja realmente a arca, mas há 99% de ser”, afirmou um dos cientistas.

Muitas culturas antigas descrevem um dilúvio que exterminou a humanidade e a vida na Terra. Os maias, os gregos, os hindus e os judeus, além de outros povos, compartilham de um mito quase idêntico. A única coisa que podemos afirmar com toda certeza é que todo mito tem um fundo de verdade.

Fontes:

Adão e Eva: mito ou verdade?


Vamos fazer uma análise mais profunda do mito de Adão e Eva.

Para isso, vamos voltar ao 2º grau e relembrar a Primeira Lei de Mendel.
O fenótipo é o conjunto de características físicas de um ser vivo. Cada fenótipo é determinado por um par de fatores que são herdados do pai e da mãe, sendo que cada um deles contribui com um fator. Cada indivíduo, de acordo com o seu par de fatores, pode ser classificado como homozigoto ou heterozigoto. Para cada característica, existe um fator que é dominante e outro que é menos prevalente, que é denominado como recessivo. Um indivíduo pode ser então homozigoto dominante, homozigoto recessivo ou heterozigoto.




O fator dominante atua em dose dupla ou quando está na presença de um fator recessivo. Ao passo que o fator recessivo só se manifesta em dose dupla. Um exemplo disso é o tipo sanguíneo. Existem 4 tipos de sangue: A, B, AB e O, sendo o último o recessivo. O tipo A é manifestado quanto os fatores são IAIA ou IAi; o B, IBIB ou IBi; o AB, IAIB, e o “O”, ii. Se cada indivíduo possui somente um tipo sanguíneo, isso já causa uma implicação no caso de a humanidade ter descendido de apenas um casal.

Vamos supor que Adão e Eva tenham sido heterozigotos, sendo Adão tipo A e Eva, tipo B. Haveria 25% de chance de um de seus filhos desenvolver sangue tipo O (recessivo). Entende-se, então, que existem enfermidades que têm grandes chances de se manifestar quando um casal de irmãos (incesto) ou primos tem um filho devido à maior probabilidade dos fatores recessivos se combinarem.

Suponhamos, agora, que Adão e Eva tenham nascido brancos puros, ou seja, homozigotos dominantes. Chamamos os fatores dominantes de “B”. Adão era, pois, BB e Eva, também. Seus filhos seriam brancos puros, assim como todos os seus descendentes. Como surgiu, então, o fenótipo cor negra que é determinado pelo fator recessivo “b”? Uma resposta para isso seria uma mutação genética causada pela incidência de raios UV. As pessoas mais claras têm mais sensibilidade à luz solar, e têm grandes chances de desenvolver câncer de pele. Os negros, por sua vez, são menos suscetíveis a desenvolver a doença. Sendo assim, podemos SUPOR que o casal primordial tenha nascido completamente saudável (homozigoto dominante para todos os fenótipos) e que seus descendentes tenham sofrido mutações gênicas mediante as condições climáticas e geográficas que se seguiram desde o nascimento do homem.


Analisando mais a fundo a narrativa do Gênese, é possível que, na verdade, o mito de Adão e Eva refira-se somente à genealogia do povo judeu, e não da humanidade. Isso é evidenciado pela presença de personagens cuja origem não é citada, como a mulher de Caim, por exemplo. Não há indícios de que ela seja sua irmã. Além disso, quando os judeus chegaram ao Egito, é mostrado um povo estabelecido. Por essa perspectiva, o mito de Adão e Eva pode ter uma base factual. Mas, há de se salientar que todo mito é cheio de simbolismos e metáforas.

O que você pensa a respeito?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Deus criou o universo? - Parte III

A Origem do Homem: Adão e Eva

Uma das principais histórias do livro de Gênese é a de Adão e Eva. Segundo as escrituras, Adão teria sido criado a partir do pó da terra (ou barro), e Eva, de uma das costelas do primeiro homem. E toda a humanidade teria, pois, descendido do casal primordial.

Segundo a teoria da abiogênese a vida pode ter surgido de matéria não-viva. Segundo estudiosos, não há diferença entre matéria viva e não-viva. Os seres vivos não dispõem de compostos que sejam fundamentalmente diferentes dos que compõem os objetos inanimados. A abiogênese ocorreria, pois, através da evolução química. Então, entende-se que a vida de fato surgiu de matéria não-viva. Além disso, os químicos descobriram que os principais compostos para a existência da vida podem se formar desde que estejam dispostas fontes de carbono, nitrogênio e ENERGIA.

Mas, fica uma questão: pode o homem ter nascido do "pó da terra"? Jesus ensinou por parábolas. E assim poderia ter feito Moisés. Então, o mito judaico-cristão da criação tem um fundamento de verdade, como todo mito o tem, mas é evidente que é cercado de simbolismos e metáforas.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Monoteísmo Primitivo


Monoteísmo Primitivo

Há na sociedade humana muitas mitologias e religiões, muitas das quais se assemelham em diversas partes. A semelhança entre as mais diversas religiões pode ser explicada através da teoria do Monoteísmo Primitivo.

Ao se observar as similaridades entre diferentes religiões difundidas pelo mundo, pode-se SUPOR que, na verdade, todas elas são variações do mesmo mito. Ou seja, no início da civilização um mito original deu forma às diferentes crenças. Por exemplo, dentre as três maiores religiões do mundo, o judaísmo é a mais antiga. Do judaísmo derivou-se a religião cristã, e das duas, o islamismo. As três religiões têm como base o monoteísmo e apresentam idéias muitos similares. Por analogia, o monoteísmo primitivo pode ser uma resposta para a similitude das mais diversas mitologias.

Muitas religiões que fazem parte de civilizações distantes entre si se assemelham em diversos pontos, principalmente no que tange à descrição divina: deus(es) onisciente(s), onipotente(s) e onipresente(s) que habita o céu. Além das ideias de Paraíso e Inferno e do Julgamento Final.

Com base nesse raciocínio, pode-se supor que as crenças antigas são derivadas de uma crença primordial em uma deus único que, ao longo do tempo, foi-se desenvolvendo e dando forma a novas versões mais complexas. O politeísmo seria, pois, uma reformulação do mito original.

O maior problema gerado por essa teoria é o fato de que a narrativa bíblica, segundo estudiosos, afirma que a Terra tenha em torno de 6 mil anos, ao passo que o homem migrou para a América 9 mil anos antes. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Deus criou o universo? - Parte II


Uma Natureza Inteligente

Uma das alternativas para se provar a existência de um criador é vê-lo através de sua criação. 
A natureza trabalha segundo leis. Tais leis, para que sejam verdadeiras, necessitam de condições predeterminadas que viabilizem as mesmas. E essas condições estavam presentes desde antes da criação. Uma natureza inteligente não pode ter surgido e determinado suas leis espontaneamente.

Energia e Matéria

Como já foi dito antes, a energia e a matéria estão inteiramente ligadas, de modo que ambas são parte de um todo: matéria = energia e vice-versa.
Sendo Deus uma energia, é extremamente aceitável a hipótese de que ele pode se materializar e possuir, por mais estranho que isso pareça, massa. E não apenas Deus, mas todos os espíritos (energia) podem se materializar e possuir massa.

O Corpo

Todos nós possuímos a nossa fonte de energia: o nosso espírito. E sendo o espírito energia, ele pode se converter em outras formas de energia. Por exemplo, a energia elétrica se converte em energia térmica (encoste o dedo na lâmpada depois de 30min acesa); energia potencial gravitacional se converte em energia cinética (toda fruta, ao madurar, cai do pé e adquire velocidade). Seguindo esse princípio, o espírito seria o principal responsável pelas atividades do corpo.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Deus criou o universo? - Parte I


Entendendo o Big Bang

Antes de tudo, é necessário entender como funciona o Big Bang...
Se observarmos o universo, ele está em constante expansão. Se voltarmos atrás no tempo, até um ponto bastante remoto, veremos que toda a matéria estará condensada em uma única partícula. O efeito da gravidade seria tão intenso que se igualaria à força gravitacional de um buraco negro, de modo que o próprio tempo seria distorcido. Tudo, inclusive o tempo, teria tido origem no Big Bang.

Antes do Big Bang...

Segundo a física moderna, a matéria é formada por vibrações de energia. Segundo Einstein, E = mc². Invertendo-se os termos, m = E/c². Sabe-se também que a velocidade é a derivada da variação do espaço em relação ao tempo; portanto, a formação de massa é dependente da variação de tempo.
Imagine que toda a matéria do universo estivesse realmente reduzida em um único ponto. Como poderia a matéria ter se formado sem a ação do tempo? Infere-se, pois, que havia tempo antes do Big Bang.
Segundo a máxima de Lavoisier, “nada se cria, tudo se transforma”. O Big Bang seria, pois, um processo de transformação de algo anterior a ele ao invés do princípio do universo, porque se não havia nada antes dele, a partícula primordial não teria como se formar.

O Espírito

Segundo a filosofia, o espírito é nada mais, nada menos que a nossa consciência ou conjunto das leis físicas que regem nosso sistema nervoso. Sabe-se que a mente trabalha segundo impulsos elétricos. Logo, a nossa consciência é movida por energia. Sendo o nosso espírito energia, ele é capaz de formar matéria e interferir no meio (veja Ciência Noética).
Segundo a crença cristã, Deus é um espírito. Se Deus é espírito, e o espírito é energia, então Deus é capaz de formar matéria. 


Até a segunda parte...